Quando aceitei o convite para me integrar à CHAPA IDENTIDADE, capitaneada pelo Major PM Wanderby Braga de Medeiros, senti um contentamento sem precedentes em minha vida. Primeiro, pelo desafio de vê-lo começar do zero, ou melhor, do “um” representado por ele mesmo em voo solo. Somar-me a ele nesse momento foi como ser escalado como porta-bandeira de uma tropa quixotesca a combater moinhos, tudo ajustado ao meu modo de ser...
No fim de contas, num mundo artificioso como o nosso, defender um ideal tornou-se maluquice, e foi o que ouvi de alguns companheiros entre galhofas: “Uniram-se dois malucos!” Ah, não sou maluco nem o Major Wanderby o é. Somos, sim, insistentes, e assim o seremos, creio eu, até o último suspiro! E lamento pelos materialistas, que fazem do oportunismo e do mimetismo suas práticas cotidianas. Não querem “ser”, só querem “ter”. Na lição machadiana, são aqueles “metediços e dobradiços” que passam pela vida “sem feitos nem feitios”. É o que legam aos seus descendentes: má história ou nenhuma história.
Em linguagem da “tropa de elite”, O Major Wanderby se me apresentou como o “01”. Deu o primeiro passo sem tropa nem bandeira visíveis. Guardava-as, porém, na alma, no coração e no sangue a bombear milhões de espíritos cartesianos.
O segundo motivo de me sentir feliz e lisonjeado com o convite do Major Wanderby – refere-se a uma forte história de família e companheirismo: uni-me ao colega motivado pela história de seu pai, honrado coronel PM, já falecido. Este deixou um legado de homem justo e honesto não apenas para seus dois filhos (Wanderson e Wanderby, ambos oficiais superiores da PMERJ) e demais familiares, mas para os que o conheceram e com ele conviveram na corporação. Por último, a acolhida do convite se deu por eu me entusiasmar com a coragem do Major Wanderby: a sua intrepidez ao se expor em defesa dos anseios da tropa de militares estaduais, tropa essa composta por milhares de bombeiros e policiais militares: o lado mais fraco. O admirável Major preferiu manter-se fiel ao seu ideal a se unir vergonhosamente ao lado mais forte.
O referido mentor desta chapa, por mim observado de longe, pareceu-me aquela ave que encabeça o espetáculo visual da cunha alada em busca do melhor abrigo: a ave-líder! Ela demora, perde-se às vezes ao desviar-se dos perigos, mas sempre reencontra o caminho e pousa com todas as suas seguidoras em lugar e tempo certos. Também poderia ser ele comparado à diligente abelha que segue o sol nascente em busca do alimento para a colméia... Parte sozinha e assim retorna depois de garantir o sucesso da viagem. Dança, então, para comunicar onde está o néctar, – com precisão absoluta da distância, – a todas as outras abelhas, estas que voam no rumo certo e retornam alimentadas! São dois exemplos de liderança, no mundo natural, com responsabilidade; são dois símbolos de supremacia em que o silêncio se torna mais estrondoso que uma explosão. No nosso mundo artificioso não há mais a naturalidade criada por Deus. Vivemos de artifícios até quando estamos “contritos” numa oração aniversária da corporação. Ah, se o inferno existir...
O segredo do Major Wanderby está no seu silêncio tímido a escudar uma coragem incomum. O segredo dele reside no fato de que ele não advoga em causa própria, mas luta pela totalidade dos militares estaduais e pensionistas que até hoje só conheceram o sofrimento, a desatenção, o descaso e a desgraça. Por isso é que o Major Wanderby não está sozinho na sua luta. Hoje, passado pouco tempo, e para espanto de muitos que nele não creram, ele conta com muitos nomes expressivos apoiando-o abertamente, sem temor do poderoso sistema que o retalia sem pudor. Curiosamente, o mesmo sistema que faz pouco tempo o abraçava como herói da mesmíssima causa, do mesmíssimo ideal. Para quem ainda não me entendeu, eis o que designo como “artifício”...
Por tudo isso, é possível que os covardes se afastem de nós; é certo que os interesseiros não comprarão esta briga desigual do pequeno Davi contra dois enormes Golias... Mas também é inegável que o Major Wanderby conta hoje com muitos companheiros com ele ombreados; não por ser ele um “líder carismático” (muitos são coronéis e tenentes-coronéis seus superiores hierárquicos; são ex-Comandantes-Gerais, ex-chefes do Estado-Maior, ex-Secretários de Estado etc.), mas por ele representar a ave que não errará o caminho, ou aquela abelha que encontrará o néctar, função que não é da Abelha-rainha... Eis por que em agosto seremos centenas a elegê-lo presidente da AME/RJ, momento único de tentarmos salvar uma instituição que, sem cumprir sua finalidade político-social-histórica, caminha a passos largos para a falência, tal como hoje ocorre com o Clube Riviera.
Eis, enfim, a razão de eu estar junto com o Major Wanderby, contando com o apoio de muitos silenciosos companheiros que me dedicam confiança e amizade. E seremos a maioria em 19 de agosto; e finalmente provaremos que, defendendo causas de interesse geral, e não exaltando pessoas ou sistemas autoritários, muitos corajosos associados, hoje desanimados, poderão se juntar a nós sem perder a individualidade. E comparecerão em massa, e votarão na CHAPA IDENTIDADE para a vivência de novos tempos de luta real em favor de todos os militares estaduais. E assim gravaremos na história recente do RJ a nossa força conquistada a sangue e morte de muitos companheiros nesta luta insana contra a guerrilha urbana do crime. Porque VOTO também é ARMA a ser disparada contra os ímpios que nos querem destruir! Afinal...
JUNTOS SOMOS FORTES!
Emir Larangeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário
As eleições para a AME/RJ ocorrerão em 19/08/09 (quarta-feira), de 0900 h às 1600 h, na sede da associação (R. Camerino, 114, Centro do Rio de Janeiro.
Contamos com o seu voto e agradecemos o comentário.
Chapa Identidade - Cor Creme - n.º 3