AME/RJ – DIREITO DE RESPOSTA

Não era minha intenção acirrar antes da hora qualquer debate com candidatos que disputam a presidência da AME/RJ. Entretanto, sou obrigado a fazê-lo, tendo em vista o fato de o atual presidente da AME/RJ, o ilustre TC PM Anaide, ocupar a primeira página do Boletim Informativo da entidade para tratar de eleições, nos termos do fac-símile abaixo:

A seriedade da denúncia torna-a mais grave em virtude de o ilustre presidente da AME/RJ não esclarecer quem produziu a ilação contra ele. Não declinando nenhum nome, o reclamante induz os leitores a concluir por autoria indeterminada, deste modo podendo o faltoso pertencer a qualquer das duas chapas que lhe são concorrentes.

Deixo claro que a denúncia formulada pelo ilustre TC PM Anaide não pode se referir à CHAPA IDENTIDADE, pois é certo que nesta não há “seguidores” de “candidato à presidência”.

Há, sim, a aglutinação entusiástica de oficiais de diversas patentes (muitos são coronéis) que acreditam nas propostas inovadoras da CHAPA IDENTIDADE. Em momento certo, elas serão divulgadas para os oficiais associados e não-associados, para os graduados e praças da PMERJ e do CBMERJ, e para as viúvas e pensionistas em geral.

Essas propostas vêm sendo discutidas e aprovadas pelo grupo participante da chapa e animadas por muitas adesões. Portanto, repito que a denúncia do ilustre presidente da AME/RJ, estampada em primeira página do Boletim Informativo, não diz respeito à CHAPA IDENTIDADE.

Resta agora questionar o meio pelo qual a denúncia inconclusiva do TC PM Anaide vem a público (Boletim Informativo da AME/RJ).

Trata-se, a meu ver, de uso indevido de espaço oficial para deflagrar campanha antes do tempo, o que não me parece ético nem leal. Pois o fato de o presidente da AME/RJ não declinar nomes torna a vazia denúncia mero pretexto político-eleitoral.

Aproveita-se o candidato à reeleição de sua condição de presidente da entidade, portanto detentor de autoridade conferida pelos associados, para fazer uso da máquina pertencente ao associado.

Induz, ainda, a que os associados especulem negativamente sobre a conduta das duas chapas concorrentes, na medida em que a denúncia, por ser genérica e indefinida, põe ambas as chapas sob suspeição de conduta antiética.

Pelo teor da grave denúncia, parece que o ilustre presidente da AME/RJ, e candidato à reeleição, sabe quem é o “determinado seguidor de um candidato à presidência da AME/RJ”. Cabe-lhe, por conseguinte, nominar o faltoso. Não o fazendo, ficará no ar a ideia de que ele apenas se aproveitou da condição de presidente da AME/RJ para interferir no Boletim Informativo em seu proveito eleitoral, instituindo, deste modo, uma vantagem em relação aos demais candidatos, que não podem gozar de idêntico privilégio.