Em campanha política é natural os candidatos tentarem convencer os eleitores de que possuem a melhor proposta de ação futura; do mesmo modo, é comum se apostar na fraqueza dos adversários, em especial dos que momentaneamente detêm o poder. Trata-se de “chumbo trocado”, que, segundo o dito popular, “não dói”. Em quaisquer das hipóteses, expõe-se mais o que no exercício do poder se demonstra inerte ou dúbio ante os acontecimentos, embora legitimado pelo voto. Claro que, numa campanha (até para síndico de edifício), os que pouco ou nada fizeram não mais convencerão ninguém. Já os que guardam o tesouro das lutas passadas, vencidas ou perdidas, acumulam mais chances de vitória. Denomina-se o fenômeno “legitimidade”. A legitimidade não guarda relação com o “ter” nem com o poder material em si. Vincula-se ao “ser”, que dispensa apresentação. Só “é” quem antes se legitimou “sendo”, mesmo não agradando a alguns.
É, pois, mui estranho o discurso do atual presidente da AME, enviado aos sócios, sugerindo que seus adversários têm pretensões políticas e por isso são candidatos à presidência da entidade. Ora, o atual presidente tropeça em sua própria história e na sua fraca memória por diversos motivos relevantes, a saber: a) ele já se candidatou a cargo eletivo parlamentar e perdeu. Não me lembra o partido político. Pelo jeito, talvez nem ele se lembre... b) A eleição para a presidência da AME é um ato político por excelência. Ou será que a campanha da AME não é política? O que diabos seriam as eleições, então, já que não se trata de “política”?...
A verdade é que, na edição do último informativo da AME, que somente é impresso após crivo do presidente, ele desfaçadamente ocupou a primeira página e deu uma de “Chávez” fazendo campanha a desmerecer as demais chapas, porém indeterminando suas absurdas acusações para atingir as duas numa só cajadada. Que temor é esse?... Sente-se ele “dono” da AME? É o que os associados esperam de um presidente de entidade para a qual contribui perolando a testa? O associado paga para ver a “pose de artista” do atual presidente e sua eloquência sem alvo certo? Ou melhor, em duplo alvo somente visto por bêbados?... Seria ele um presidente anômico? Só ele pode fazer uso do informativo oficial e de modo desairoso, como o fez, para assacar contra seus “inimigos”? Que processo eleitoral é esse? É plebiscito de carta marcada? É totalitarismo? Ora!
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Chapa Identidade - Cor Creme - n.º 3